Somente 0,3% da população trans tem acesso às universidades públicas
A deputada estadual Dani Portela (PSOL) recebeu em seu gabinete a Secretária de Educação da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), Dayanna Louise, para debater sobre cotas para pessoas trans nas universidades de Pernambuco. Segundo a V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior Brasileiras, apenas 0,3% de estudantes das universidades federais brasileiras são pessoas trans e travestis.
“Uma universidade pública justa é aquela que inclui todas as pessoas, mas principalmente quem sofre mais com a exclusão. Nosso país é o que mais mata a população trans no mundo. É preciso mudar esse cenário de maneira interdisciplinar e assegurar todos os direitos básicos que são negados às pessoas trans. Instalar uma política de cotas nas universidades é fazer reparação histórica e oportunizar vida digna”, defendeu a deputada Dani Portela.
Na reunião foram debatidas estratégias como a de mapear grupos nas universidades públicas (UFPE, UPE, etc) interessados na instalação das cotas.“Essa é uma bandeira de luta e que representa o nosso corpo. Um cenário de articulação de estratégias é fundamental para que construamos capital político até chegarmos a nos reunir com as reitorias. É preciso mostrar que há um peso político nisso e de que tem gente reivindicando”, explicou Dayanna Louise.
A ANTRA está em campanha com o abaixo assinado #CotasTransJá em conjunto com as ONGs Unidas Na Luta Pela Cidadania, Mães da Resistência, a ALL Out, o Instituto Braisleiro de Transmasculinidades e o Coletivo Afronte.