Dani Portela questiona prefeitura sobre redução de despesas com políticas sociais durante a pandemia de Covid-19

abr 19, 2022 | 0 Comentários

Mandata protocolou pedido de informações à secretaria de finanças sobre o orçamento nas rubricas de segurança pública, assistência ao idoso, alimentação e habitação urbana

A vereadora Dani Portela destacou em discurso realizado no plenário do Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (19) a escolha da prefeitura da cidade em reduzir despesas com políticas sociais durante o ano de 2021. De acordo com análise detalhada da prestação de contas da gestão, apresentada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), as despesas nas áreas de segurança pública, assistência ao idoso, alimentação e habitação urbana sofreram cortes que vão de 56,25% até 39,66% em cada rubrica específica.


A prestação de contas mostra que a prefeitura do Recife reduziu 56,25% das despesas classificadas na função “Segurança Pública”; 45,5% das despesas com “Assistência ao Idoso” no âmbito da “Assistência Social”; 42,62% das despesas com a subfunção “Alimentação e Nutrição” no âmbito da “Educação” e 39,66% das despesas com a subfunção “Habitação Urbana”. “Como a Prefeitura reduziu despesas de habitação, alimentação e assistência ao idoso no meio de uma pandemia em que as pessoas precisavam ficar em suas casas, se alimentar corretamente e as pessoas idosas eram as mais gravemente afetadas pela covid-19? Não consigo imaginar nenhuma resposta positiva para essa questão. Não sei o que é pior! Se a Prefeitura tiver realizado estas reduções por equívoco, nossa cidade está sendo muito mal administrada. Se tais reduções forem intencionais, fico pensando o que os administradores queriam gerar com isso”, afirmou a vereadora em discurso.


A vereadora protocolou também um pedido de informações à secretaria de finanças para que apresente as justificativas para tamanha redução de despesas com políticas sociais, enquanto há um aumento significativo em áreas como a rolagem da dívida interna, que sofreu um incremento de 336,33%. “Se por princípio de justiça, eu me sinto na obrigação de solicitar mais informações à Prefeitura, também tenho princípios éticos, que me colocam radicalmente contra as escolhas que podem ter levado esta administração a reduzir despesas em áreas fundamentais em um período de emergência sanitária”, finalizou Portela.