Nesta sexta-feira (13), realizamos uma reunião pública no Parque 13 de Maio com o objetivo de refletirmos, de forma crítica, sobre a data que, de acordo com os livros de história, marca oficialmente a abolição da escravatura no Brasil. Debatemos com a presença de estudantes, professoras, militantes e trabalhadoras da gestão pública como esse acontecimento histórico nos atravessa até hoje. Discutimos também qual a versão da história que nós temos acesso. Será que conhecemos a história do povo negro ou o racismo silencia essa história?
Embora a promulgação da Lei Áurea tenha “libertado” os escravizados do atual sistema, não se pode ignorar a ausência de políticas de proteção e reparação à população negra da época, para que nós sobrevivêssemos com dignidade e igualdade de direitos. Problema esse, que existe até hoje e que se refletem nas desigualdades vivenciadas pelas pessoas negras.
Nesta reunião pública, discutimos e questionamos se realmente o dia 13 de maio pode e deve ser considerado dia de negro. E reafirmamos a necessidade de nos aquilombarmos para que a nossa narrativa seja ecoada, sem o apagamento histórico promovido pelo racismo brasileiro.