Em audiência pública sobre a privatização do metrô, Dani Portela cobra Raquel e apela Tarifa Zero a Lula

out 20, 2025 | 0 Comentários

Deputada pontua que verba destinada para o fortalecimento do sistema metroviário não foi utilizada pelo Governo do Estado

A deputada estadual Dani Portela aproveitou o uso da fala durante Audiência Pública que discutiu a privatização do metrô do Recife para se posicionar contra o processo e cobrar o Poder Executivo. A audiência foi uma proposição conjunta dos parlamentares do PT Rosa Amorim e João Paulo, e contou com a participação de representantes do SINDMETRO-PE e sociedade civil.

Em discurso, Dani pontuou os efeitos negativos das concessões de serviços públicos às empresas privadas. A deputada citou o exemplo de cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que após a privatização do metrô tiveram aumento nas tarifas sem melhores condições de serviço. “Isso é um projeto, precarizar para privatizar. Se o metrô for privatizado, ganharão as grandes empresas que lucram com as concessões. Quem perde são os metroviários e metroviárias, trabalhadores e trabalhadoras que dependem diariamente do transporte para chegar ao emprego, à escola, à universidade, à saúde”, alertou.

Endurecendo as críticas às responsabilidades do Governo de Pernambuco quanto ao Sistema Metroviário da Região Metropolitana do Recife, a parlamentar cobrou investimento. “Na Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado de Pernambuco existe uma ação para o Fortalecimento Sistema Metroviário. Para essa ação foi previsto o investimento de apenas 4,5 milhões de reais entre os anos de 2023 e 2025, o que já é considerado extremamente baixo. Ainda assim, nenhum centavo foi gasto nesta política”, revelou.

Dani ainda usou a tribuna para fazer petições ao Governo Federal sobre a implementação de uma política nacional de transporte público. “Fazemos um apelo para que o presidente Lula avance na construção de uma política nacional de tarifa zero no transporte público, garantindo financiamento permanente e compartilhado com estados e municípios. O que é público precisa servir ao interesse público, e não ao lucro de poucos”.