100 PRIMEIROS DIAS
DE ATUAÇÃO DA DEPUTADA ESTADUAL DANI PORTELA

Este documento tem o objetivo de partilhar o que fizemos ao longo dos 100 primeiros dias na Assembleia Legislativa de Pernambuco, mas também de ser mais uma forma de apresentar como trabalhamos. O texto relata nossas ações, mas é fundamental destacar que elas não são construídas só por nós, que compomos a equipe de Dani Portela, mas por muitas outras pessoas, organizações e coletivos que atravessam os nossos caminhos, seja em reuniões, em mensagens nas redes sociais, em abraços nas ruas, nos movimentos sociais e tantos outros espaços. A luta contra as desigualdades, o sonho de vivermos em um estado com justiça social é coletivo e não se encerra na Alepe. Que sigamos construindo juntas, juntos e juntes uma mandata feminista, antirracista e popular e defendendo a democracia.

“Os desafios são muitos, mas nossos sonhos e vontade de transformar a realidade social também.”

Dani Portela

ESSE É O INÍCIO DE
UMA PODEROSA
JORNADA DE LUTAS

 

Nossos passos vêm de longe, como dizem as feministas negras. Venho trilhando a trajetória nos movimentos sociais há muitos anos. Profissionalmente, não poderia ser de outra forma. Como professora de História, me guio pelos princípios da educação como libertária e libertadora, como Paulo Freire preconizou, e como advogada popular, tenho o compromisso de colaborar para a garantia do acesso à justiça e a defesa dos direitos humanos. Filha por adoção de um ex-preso político da ditadura militar, sou fruto da redemocratização e nunca me conformei com as injustiças sociais. Por isso, em 2018, me candidatei a governadora de Pernambuco, tendo sido, naquela época, a mulher mais votada da história do nosso estado e tendo ficado em terceiro lugar, com 188.087 votos. Em 2020, fui eleita a vereadora mais votada do Recife, com 14.114 votos. Em 2022, foi a vez de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sendo eleita com 38.215 votos. Entretanto, todos esses passos foram dados junto com muitas outras pessoas. Sonhamos juntas, juntos e juntes esse caminho nos espaços da política representativa. Por isso, passo agora a escrever no coletivo.

Esses primeiros 100 dias de mandata foram marcados por importantes processos na política, seja em nível local, em Pernambuco, mas, sobretudo, no país. Lutamos intensamente para elegermos Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República, como forma de derrotar Jair Bolsonaro e marcar uma vitória contra o bolsonarismo. No nosso estado, saímos da Câmara Municipal do Recife com uma importante atuação na defesa dos direitos humanos, principalmente, das mulheres, da população negra e em situação de vulnerabilidade social, e chegamos à Alepe com a missão de ampliarmos nossa atuação para o estado.

Ao longo desses mais de três meses como Deputada Estadual, temos trabalhado em diferentes pautas e espaços. Hoje, estamos na presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular (CCDHPP), estamos na titularidade na Comissão dos Direitos da Mulher e na suplência na Comissão de Educação Cultura. Além disso, estamos à frente da Liderança de Oposição ao Governo de Raquel Lyra, pois acreditamos serem espaços fundamentais na defesa de nossas bandeiras de luta e de denúncia da violação de direitos humanos e de aprofundamento das desigualdades sociais. Não é admissível que Pernambuco seja marcado por ter Recife como a capital das desigualdades, que a Região Metropolitana do Recife tenha maior percentual de pessoas em extrema pobreza nem tampouco que, aqui, durante o primeiro ano da pandemia de Covid19, 99,5% das pessoas que perderam os empregos formais fosse formada por mulheres. Ou, ainda, que seja o segundo estado no Nordeste mais violento para as mulheres e também o segundo que mais mata pessoas transexuais.

Frente a isso, atuar nos espaços legislativos é, para além de instrumento de denúncia, uma forma de propor ações e políticas públicas para melhoria das condições de vida do povo pernambucano. Para isso, definimos em nosso planejamento atuar, prioritariamente, nas temáticas: de saúde; educação; segurança pública e direitos humanos; agroecologia e direito à cidade. Tendo em vista nosso compromisso basilar com o combate às desigualdades, definimos como sujeitos prioritários de nossa mandata as mulheres, a população negra, a população LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Os desafios são muitos, mas nossos sonhos e vontade de transformar a realidade social também.